quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Seção Livro da Semana

Olá, pessoal!

Continuando nosso projeto iniciado na semana passada, vamos ao "Livro da Semana" escolhido.

A obriga indicada hoje é o que chamo de clássico: "O Sol é para Todos", da escritora americana Harper Lee (curiosamente o único livro dela).

A história se passa no início da década de 30, no período imediatamente pós-depressão, na cidade de Maycomb, ao sul dos Estados Unidos, onde o conservadorismo e a intolerância racial eram a grande tônica.

A narrativa é realizada através da personagem Scout, uma menina pré-adolescente, que gostava mais de brincar com seu irmão e seu pai do que de casinha, sendo alvo, desde já, de preconceito por parte da sociedade e inclusive de suas tias. Como a jovem perdera a sua mãe muito cedo, qualquer atitude de Scout era julgada por todos, o que recaía sobre essa ausência materna.

Porém, a história principal do livro vem do pai de Scout, Atticus Finch, um grande e honrado homem, advogado empenhado em defender principalmente os direitos das pessoas mais paupérrimas e trabalhadoras da cidade. Nessa sua atuação corajosa naqueles dias, nos deparamos com a grande trama da obra: Atticus passa a defender um homem negro, Tom Robinson, da acusação de um brutal estupro de uma menina branca, de uma família de fazendeiros locais. Durante a defesa (não vamos contar o final, obviamente), o advogado realizou façanhas de grande lealdade em prol de seu cliente. Ao mesmo passo em que, com muito afeto (assim como era com a sua profissão), educava seus filhos com a ideia de tolerância entre o próximo sempre em mente. 

Toda a história envolvendo a narradora, sua família e seus hábitos foram perfeitamente contextualizados pela escritora, justamente para podermos entrar a fundo em todo o preconceito que reinava (e até hoje reina em determinados lugares).

Mais do que uma história sensível, "O Sol é para Todos" é uma obra-prima que nos ensina muito sobre alguns conceitos esquecidos, como honestidade e honradez. A composição do personagem Atticus Finch, por sinal, devia ser alvo de estudo profundo principalmente aos profissionais do Direito. Confesso que muito da minha inspiração de ser advogado veio da leitura deste livro. Atticus era, acima de tudo, humano. 

Ah, e por fim, o livro em questão também virou filme, que também se tornou um clássico nos cinemas, conquistando três estatuetas do Oscar no ano de 1963 (roteiro adaptado, ator e direção de arte em preto e branco).

Como podem ver, leitura mais do que recomendável. É obrigatória. 





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