Fazia
tempo que eu não vinha aqui dar dicas literárias, é verdade. Também é verdade
que o “da semana” no título é uma mera licença poética. Mas tudo bem. O fim
dessa hibernação, porém, tem um bom motivo. Vários bons motivos, na realidade.
Como vocês já podem sugerir, estou falando do tão falado livro de Felipe Neto: “Não
Faz Sentido – Por Trás da Câmera”.
A
obra de hoje é extremamente recente não só no que diz respeito a seu lançamento
(agosto/2013), como também em relação aos acontecimentos narrados. É tudo muito
pensado e escrito num “hoje” cada vez mais “hoje”, até mesmo se você for ler em
2020 (quem ler o livro entenderá o que estou dizendo).
Para
mim, em especial, teve um significado ainda mais forte. Vi no autor uma espécie
de espelho de ideias e reflexões sobre a vida. Temos a mesma idade, com
trajetórias pessoais bastante parecidas e ideias semelhantes. Ah, e também
gostamos de Harry Potter. Enfim, não foi só isso que me chamou a atenção e me
fez engolir o livro. Pelo contrário, esses predicados foram apenas a preparação
do terreno e lhes explico o porquê.
Certa
vez, conversando entre amigos, um deles (que trabalha no meio artístico) falou:
“se você não estudou na PUC, não fez Tablado ou não tem pai famoso, então esquece.
Não há oportunidades para quem é de fora”. Esta frase se referia
especificamente a teatro, direção, novela, essas coisas. Como não poderia
deixar de ser, me marcou profundamente. Passei a refletir na razão de um meio
supostamente tão liberal como o artístico ser tão fechado a talentos “de fora”.
E como isso é injusto.
Foi
com esta mesma frase na cabeça que fui acompanhando todos os passos e angústias
do Felipe, que veio, do nada (do Buraco do Padre, para ser mais preciso dando
nome aos bois), para se tornar esse fenômeno midiático que é hoje. O melhor
disso: como aproveitou o sucesso para empreender e passar adiante tudo que a
sua experiência de vida e de trabalho trouxe até aqui como um verdadeiro guia.
Hoje
posso dizer que a leitura do livro me fez abrir a cabeça para muitos tópicos da
minha vida, me ajudando inclusive a refletir e decidir sobre aspectos
profissionais, sobre os rumos pelos quais pretendo trilhar a partir de agora,
que certamente são bem diferentes daqueles que tomei quando fiz o Vestibular,
lá atrás em 2005.
Agora,
mais do que nunca, recomendo a leitura da obra. Nunca é tarde para nos olharmos
no espelho e nos perguntarmos se aquilo que estamos vendo refletido de fato faz
sentido.
Para mim, não fazia mais. E para você?
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