A
arte esmaga. Aniquila. Achincalha. Aleijadas se expõem minhas sensações.
Suor.
Raça. Amor. Raiva. Asco. Ódio.
Os
seis sentidos (seis, sim) me extenuam. Miro o objetivo. Ou uma ajuda. Apelo.
Onde ei-la?
As
santidades se escondem. Mãos sóbrias somem momentaneamente, enquanto ouso. Ou
uivo, ostentando otimismo.
Olhei.
Imaginei. Inventei. Ilhei-me. E estou um mentecapto. Otimismo? Onde? Esquece. Elaborar rói. Irrita. Anoitece. Agracia. Abraça. Aquece. Ensina. Atreve. Erra. Acerta.
Acolhe.
É
estranho. Ou um mero ostracismo. Opaco. Ojeriza arregaçada. A acintosa
animosidade esconde em minha aura a aversão.
Onde?
Encolho-me em mares sensíveis. Sofro. Os sopros saem, mas só organizam minhas
separações. Simplesmente.
Entretido,
observei ideias sem sentido ornamentarem minha autoestima. Aqui, inexorável
liberdade. Entoo.
Oh,
hoje! Enfim moldei. Iluminei-me. Escutei ironicamente. Entendi inteiramente. Enumerar
repetidas sentenças sacudiu um mal longínquo. Os sussurros sinalizaram minhas
superações.
Sorveram
muita autenticidade em minha alma.
Assim
me envolvi.
Inescrupulosamente, escrevi.
P.S: pessoal, o texto acima tem uma peculiaridade que certamente passou despercebida. Para fins de exercício criativo, utilizei-me de um método que apelidei de "rabo de cachorro". Que método é esse? Simples. A última letra de cada palavra é a letra que inicia a seguinte. E assim veio o texto sobre justamente o ato de escrever. Podem voltar lá e conferir. É de graça.
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